quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Textos para o Caderno de Textos

1- A SEMENTE

UMA SEMENTE DE FLOR,
ESCONDIDA NO CHÃO,
DORMIA UM SONO SOSSEGADO E BOM.
VEIO A CHUVA, O SOL BRILHOU
E A SEMENTE MEXEU,
MEXEU E ACORDOU.
SAIU DE CASA MUITO APERTADA,
ESTICOU OS GALHOS E FICOU AJEITADA!
DEPOIS CRESCEU, CRESCEU, CRESCEU
E TREPOU NO VARAL
E CHEIA DE FLORES ALEGROU O QUINTAL!



2-ANA BELA COMILONA

ANA BELA COMILONA
COME TUDO O QUE VÊ.
BASTA LIGAR A TV
NHAC, NHAC, NHAC.
ERA UMA VEZ
A BOLACHA,
A PIPOCA,
OU QUALQUER MAÇAROCA.

ANA BELA COMILONA
SÓ NÃO ERA
MUITO SABICHONA.
NA MESA,
ENTENDIA DE TUDO.
NA ESCOLA, NADA DE ABC.

SUA MÃE PENSOU,
PENSOU, PENSOU,
ATÉ QUE – OPA! –
A SOLUÇÃO ESTAVA
NA SOPA.

ANA BELA COMILONA
LOGO APRENDEU O ABC
COMENDO O PRATO REPLETO
COM AS LETRAS DO ALFABETO



3-AS BORBOLETAS Vinícius de Moraes

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!

4-AS ABELHAS
( Vinícius de Moraes e Bacalov)

A abelha mestra
E as abelhinhas
Tão todas prontinhas
Para ir para a festa
Num zune-que-zune
Lá vão pro jardim
Brincar com a cravina
Valsar com o jasmim
Da rosa pro cravo
Do cravo pra rosa
Da rosa pro cravo
E de volta pra rosa
Venham ver como dão mel
As abelhas do céu
5-CONTO: (Paulo Mendes Campos)

ERA UMA VEZ UM MENINO TRISTE, MAGRO E BARRIGUDINHO, DO SERTÃO DE PERNAMBUCO.
NA SOALHEIRA DANADA DE MEIO-DIA, ELE ESTAVA SENTADO NA POEIRA DO CAMINHO, IMAGINANDO BOBAGEM, QUANDO PASSOU UM GORDO VIGÁRIO A CAVALO:
- VOCÊ AÍ, MENINO, PARA ONDE VAI ESSA ESTRADA?
- ELA NÃO VAI, NÃO: NÓS É QUE VAMOS NELA.
- ENGRAÇADINHO DUMA FIGA! COMO VOCÊ SE CHAMA?
- EU NÃO ME CHAMO, NÃO, OS OUTROS É QUE ME CHAMAM DE ZÉ.
6-DITOS POPULARES
“QUEM TUDO QUER NADA TEM!”.
“DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA”.
“EM AGOSTO TODA FRUTA TEM GOSTO!”.
“EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSQUITO”.
“FALA É PRATA, CALAR É OURO”.
“CADA MACACO NO SEU GALHO”.
“ANTES TARDE DO QUE NUNCA”



7-LUA DEPOIS DA CHUVA - Cecília Meireles

Olha a chuva:
Molha a luva.
Cada gota de água
Como um bago de uva.
A chuva lava a rua.
A viúva leva
O guarda-chuva
E a luva.
Olha a chuva:
Molha a luva
E o guarda-chuva
Da viúva.
Vai a chuva
E chega a lua:
Lua de chuva.



8-MINHA CAMA - Sérgio Caparelli

Um hipopótamo na banheira
Molha sempre a casa inteira.

A água cai e se espalha
Molha o chão e a toalha.

E o hipopótamo: nem ligo
Estou lavando o umbigo.

E lava e nunca sossega
Esfrega, esfrega e esfrega.

A orelha, o peito, o nariz
As costas das mãos, e diz:

Agora vou dormir na lama,
Pois é lá minha cama!




9-O AR (O Vento) - Vinícius de Morais
Estou vivo mas não tenho corpo.
Por isso é que não tenho forma.
Peso eu também não tenho.
Não tenho cor.

Quando sou fraco
Me chamo brisa.
E se assobio,
Isso é comum.
Quando sou forte,
Me chamo vento.
Quando sou cheiro,
Me chamo pum!

10-O COLAR DE CAROLINA

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O calor de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.Cecília Meireles
11-O ELEFANTINHO Vinícius de Morais

Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?

Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?

- Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!



12-O VESTIDO DE LAURA Cecília Meireles

O vestido de Laura
É de três babados,
Todos bordados.
O primeiro, todinho,
Todinho de flores
De muitas cores.
No segundo, apenas
Borboletas voando,
Num fino bando.
O terceiro, estrelas,
Estrelas de renda
-talvez de lenda...
O vestido de Laura
Vamos ver agora,
Sem mais demora!
Que as estrelas passam,
Borboletas, flores
Perdem suas cores.
Se não formos depressa,
Acabou-se o vestido
Todo bordado e florido!



13-OU ISTO OU AQUILO Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

3 comentários:

TRAKINAGEM disse...

EU simplesmente adorei seu blog, ele é de grande utilidade pra nós que somos professoras do infantil. Eu gosto de ter sempre textinhos como esses. UM BEIJO!!!!!!

Prô Rirela disse...

Outro beijo pra vc! Que bom que gostou! Vou postar mais!

miny disse...

eu gostei muito desse poemas que vc colocou.Eu sou uma estudante
e adoro ler sempre que eu posso pego livros na biblioteca da minha escola,é muito importate para mim ler,eu sempre que posso eu entro em sites de historias,poemas,cronicas e contos d fadas e agora que eu vi este blog sempre que puder eu vou entra,bj tichau.
e obrigada pelos poemas eu adorei.