sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

CARNAVAL


Você sabe como surgiram as escolas de samba aqui no Brasil?

Tudo começou no início do século 20, quando os ranchos, desfiles de máscaras e fantasias em carros enfeitados pela avenida, já estavam mais que estabelecidos no Rio de Janeiro pelas sociedades carnavalescas - grupos organizados que usavam fantasias reproduzindo as roupas da corte. Esses desfiles, ao som de ópera, eram muito luxuosos. Só participavam deles os que podiam comprar fantasias para o evento, sempre muito caras.
Por isso, os pobres brincavam em outros bailes, semelhantes aos da nobreza, mas com muito menos luxo. As fantasias eram imitações mais baratas, e a música, uma grande e empolgante batucada. Um dos principais lugares em que aconteciam essas festas era a Praça Onze, no bairro do Estácio, bem perto do local onde hoje fica o Sambódromo do Rio de Janeiro.
Quem era de fora achava o Carnaval dos pobres feio e atrasado, e dizia que só participavam dele bandidos e vagabundos. Foi então que os carnavalescos do Estácio resolveram se organizar, à semelhança da forma como faziam os ricos. Em 1929, fundaram a Deixa Falar, a primeira escola de samba de que se tem notícia. A partir daí, eles passaram a escolher todo ano um tema que definiria as fantasias e a música, como acontece com os sambas-enredo que temos hoje.
Desde então, a festa foi evoluindo até se tornar o carnaval carioca conhecido hoje, tão famoso que é reproduzido nas comemorações de várias cidades pelo Brasil afora.


Você conhece alguma marcha de Carnaval?

ABRE ALAS
(Chiquinha Gonzaga, 1899)

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar


A JARDINEIRA
(Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938)

Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu


ALLAH-LA-Ô
(Haroldo Lobo-Nássara, 1940)

Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar

Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah


CABELEIRA DO ZEZÉ
(João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963)

Olha a cabeleira do zezé
Será que ele é
Será que ele é

Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é
Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!


CIDADE MARAVILHOSA
(André Filho, 1934)

Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Berço do samba e das lindas canções

Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente
Jardim florido de amor e saudade

Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz.


MAMÃE EU QUERO
(Jararaca-Vicente Paiva, 1936)

Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar

Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar
Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana
Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal


ME DÁ UM DINHEIRO AÍ
(Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)


Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!
Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!


TA-HÍ
(Joubert de Carvalho, 1930)

Taí eu fiz tudo pra você gostar de mim
Ai meu bem não faz assim comigo não
Você tem você tem que me dar seu coração
Meu amor não posso esquecer

Se dá alegria faz também sofrer
A minha vida foi sempre assim
Só chorando as mágoas que não têm fim
Essa história de gostar de alguém

Já é mania que as pessoas têm
Se me ajudasse Nosso Senhor
Eu não pensaria mais no amor
Extraído do site www.smartkids.com.br

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