A secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, propôs na sexta-feira, durante debate na TV Estadão, a criação de uma certificação para professores da rede pública.
Essa certificação serviria como um atestado de qualidade dos docentes e seria usada também como base para a evolução na carreira e a concessão de bônus salariais. Uma avaliação, no sentido mais moderno da palavra, é o processo de certificação, que já existe em muitos países e até em Estados como Minas, Tocantins e Bahia, disse a secretária.
Para Maria Helena, o processo pode ser semelhante ao de exames como da Ordem dos Advogados do Brasil, que atestam a capacitação do profissional para a sociedade. As discussões sobre a qualidade dos professores ganharam repercussão com a polêmica sobre a prova aplicada no ano passado pela Secretaria da Educação para avaliar docentes temporários. A secretaria informou que 1.500 temporários tiraram nota zero na prova.
A Apeoesp, sindicato dos professores paulistas, conseguiu na Justiça o direito de excluir o exame dos critérios de classificação para distribuição das aulas. O jornalista Fernando Rossetti, secretário geral do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), afirmou que avaliar individualmente o professor ajuda a melhorar a qualidade do ensino, mas ressaltou a importância de isso estar combinado com outros tipos de avaliação.
Quando você isola a avaliação do docente e usa isso como dado, a impressão é de que a culpa é dele, enquanto há problemas estruturais muito maiores. Daí a resistência do professor em ser avaliado.
Maria Helena argumentou que o País avançou nos últimos anos em termos de avaliação, e citou exames como Prova Brasil, Saeb e Enem como exemplos. A avaliação dos professores é um dos elementos do processo. Já temos um sistema consolidado, está na hora de sofisticar os instrumentos para entender como é possível melhorar a escola e enriquecer as avaliações que já fazemos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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