sexta-feira, 3 de julho de 2009

Personagens e lendas do Folclore Brasileiro


Alemoa
Assombração do arquipélago de Fernando de Noronha. Aparece como uma loira linda e nua, atraindo pescadores e viajantes, até se transformar de repente num esqueleto. Aparece também como uma luz ofuscante, perseguindo quem foge dela. Sua residência é o Morro do Pico, uma evolução rochosa de mil metros de altura, totalmente inacessível. Nas noites de sexta-feira ela aparece nua para seduzir ilhéus e soldados, levando-os ao morro e induzindo-os ao suicídio. A lenda diz que a misteriosa mulher teria realmente existido, vinda da Holanda na época da invasão.

Alma Penada
Alma de pessoa morta que continua vagando na terra. Geralmente, essa pessoa cometeu algum crime hediondo e sua alma está pagando por isso. Existe uma variação conhecida como Angoera, alma de uma pessoa muito ruim, que não foi para o outro mundo. Ficou morando em ruínas e sai para assombrar e assaltar os viajantes.

Ana Jansen
Não há em São Luís do Maranhão quem nunca tenha ouvido falar de Ana Jansen, comerciante que no início do século XIX acumulou riqueza e exerceu forte influência na cidade. Dizem que ela cometia as maiores atrocidades contra os seus escravos. Os maranhenses afirmam que, nas noites de sexta-feira, é comum deparar na região da Praia Grande, onde está o imenso casarão em que Ana morava, com uma apavorante carruagem puxada por cavalos brancos sem cabeça, conduzindo o fantasma da falecida, que ainda paga pelos pecados cometidos.

Anhanga
É um dos mitos mais antigos do Brasil colonial. O Anhanga traz para aquele que o vê, ouve ou pressente certo prenúncio de desgraça. Os lugares que se sabem ser freqüentados por ele são mal-assombrados. Tem várias formas, tanto humana quanto animal. Mas a figura com que as tradições o representam é de um veado branco, com olhos de fogo. Algumas vezes, ele chega a ser confundido com o Jurupari.

Anta-Cachorro
Na Amazônia, existe a lenda da anta-cachorro, um animal enorme que tem a forma de onça e patas com casco de anta. Se estiver perseguindo alguém que suba numa árvore, o bicho cava a terra até que a árvore em que se refugiam seus inimigos caia. No Rio Grande do Norte, existiu também o caso da anta esfolada, um animal que teria sido exorcizado por um missionário capuchinho nas primeiras décadas do Século XIX.

Arranca-Língua
Monstro gigantesco, parecendo um macaco de 10 metros de altura, que atacava os rebanhos bovinos de Goiás. Tudo o que fazia era arrancar as línguas das vacas.

Árvore do Homem Morto
É um dos principais atrativos da trilha de Jacuba, dentro do Parque das Emas. Os goianos da região costumam contar a lenda de que dentro da árvore existe o corpo de um rapaz que foi petrificado ao tentar matar o próprio pai. Quando ele apontou a espingarda para o pai, seu corpo virou pedra e, com o passar dos anos, foi crescendo a vegetação em volta até cobri-lo completamente.

Barba-Ruiva
Figura do folclore piauiense. Uma jovem jogou seu filho recém-nascido na Lagoa de Paraná. A Mãe D’Água salvou a criança. Em certa ocasiões, porém, um homem de cabelos e barbas ruivos sai de dentro das águas. É o Barba-Ruiva, que representa o espírito do filho rejeitado.

Bicho-Papão
Monstro dos contos infantis, que assusta e vem comer as crianças. Apenas as crianças conseguem ver seu corpo peludo e os olhos vermelho-fogo.O Bicho-Papão parece ter outros parentes bem próximos. A Cabra-Cabriola é outro monstro de contos populares brasileiros. Tem dentes enormes e solta fogo pelos olhos, pela boca e pelo nariz. Mete medo nas crianças e não deixa que eles cometam travessuras. No folclore de João Pessoa, existe também o Mingusoto, um fantasma que amendronta as crianças.

Boitatá
Gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra os que o incendeiam. Vive na água e pode se transformar em uma tora em brasa, queimando quem põe fogo na mata. Segundo a lenda, ela é a alma penada de um menino pagão ou de pessoas que cometeram incesto.

Boiúna
Serpente muito escura que vive nos rios do Amazonas. Pode ganhar várias formas, como uma canoa ou um barco. Solta fogo pelos olhos e come pessoas. A lenda se confunde com a da Cobra-Grande. Na região do rio São Francisco, o monstro é conhecido como Minhocão, mas sem as adaptações transformistas. Pode ser tanto fluvial quanto subterrânea. Quando está debaixo da terra, ela vai solapando cidades, fazendo desmoronar as casas.

Boto
Mamífero aquático da Amazônia que se transforma em um rapaz bonito, hábil dançarino, que conquista as mulheres para levá-las ao rio. A lenda é pretexto para as moças justificarem a gravidez fora do casamento; elas dizem que ficaram grávidas do boto.

Bruxa
No folclore goiano, a bruxa é a última das 7 filhas de um casal que não foi batizada pela irmã mais velha. Ela se transforma em coruja e, à noite, entra pelo telhado e pelas janelas para atacar as crianças. Bebe pinga e pia forte.

Caboclo D’Água
Criatura monstruosa que habita as águas do rio São Francisco, no Nordeste, e tem domínio sobre as águas e os peixes. É conhecido também como Pai dos Peixes e Terror dos Barqueiros. Quem pesca só para o sustento, o Caboclo d’ Água deixa em paz. Mas o pescador que enche a rede e não devolve os peixes excedentes precisa enfrentá-lo. Ele vira as embarcações dos inimigos e eles nunca voltam mais do fundo. Aparece à tardinha ou em noites de luar. Para evitar seus ataques, quem viaja sozinho deve fincar uma faca no fundo da canoa. Recomenda-se também oferecer fumo.

Esses e os personagens abaixo são encontrados no site Guia dos Curiosos:

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