terça-feira, 5 de julho de 2011

Chapeuzinho e Borralheira segundo Perrault

Luzinha, atendendo a seu pedido estou disponibilizando a versão de Chapeuzinho e de Gata Borralheira segundo Charles Perrault.


O CHAPEUZINHO VERMELHO
Charles Perrault


Havia, numa cidadezinha, uma menina que todos achavam muito bonita. A mãe era doida por ela e a avó mais ainda. Por isso, sua avó lhe mandou fazer um pequeno capuz vermelho que ficava muito bem na menina. Por causa dele, ela ficou sendo chamada, em toda parte, de Chapeuzinho Vermelho.
Um dia em que sua mãe tinha preparado umas tortas, disse para ela:
 – Vai ver como está passando tua avó, pois eu soube que ela anda doente. Leva uma torta e um potezinho de manteiga.
Chapeuzinho Vermelho saiu em seguida para ir visitar sua avó que morava em outra cidadezinha.
Quando atravessava o bosque, ela encontrou compadre Lobo que logo teve vontade de comer a menina. Mas não teve coragem por causa de uns lenhadores que estavam na floresta.
O Lobo perguntou aonde ela ia. A pobrezinha, que não sabia como é perigoso parar para escutar um Lobo, disse para ele:
  – Eu vou ver minha avó e levar para ela uma torta e um potezinho de manteiga que minha mãe está mandando.
– Ela mora muito longe? – perguntou o Lobo.
– Oh! sim, – respondeu Chapeuzinho Vermelho. – É pra lá daquele moinho que você está vendo bem lá embaixo. É a primeira casa da cidadezinha.
– Pois bem, – disse o Lobo, – eu também quero ir ver sua avó. Eu vou por este caminho daqui e você vai por aquele de lá. Vamos ver quem chega primeiro.
O Lobo pôs-se a correr com todo sua força pelo caminho mais curto. A menina foi pelo caminho mais longo, distraindo-se a comer avelãs, correndo atrás das borboletas e fazendo ramalhetes com as florzinhas que encontrava.
O Lobo não levou muito tempo para chegar à casa da avó. Bateu na porta: toc, toc.
– Quem está aí?
– É sua neta, Chapeuzinho Vermelho – disse o Lobo, mudando a voz. Eu lhe trago uma torta e um potezinho de manteiga que minha mãe mandou pra você.
A bondosa avó, que estava na cama porque não passava muito bem, gritou:
– Puxe a tranca que o ferrolho cairá.
O Lobo puxou a tranca e a porta se abriu. Ele avançou sobre a pobre mulher e devorou-a num instante, pois fazia mais de três dias que não comia. Em seguida, fechou a porta e foi se deitar na cama da avó. Ficou esperando Chapeuzinho Vermelho que, um pouco depois, bateu na porta: toc, toc.
– Quem está aí?
Chapeuzinho Vermelho, ao escutar a voz grossa do Lobo, teve medo, mas pensando que a voz de sua avó estava diferente por causa do resfriado, respondeu:
– É sua neta, Chapeuzinho Vermelho, que traz uma torta pra você e um potezinho de manteiga que minha mãe lhe mandou.
O Lobo gritou para ela, adocicando um pouco a voz:
– Puxe a tranca que o ferrolho cairá.
Chapeuzinho Vermelho puxou a tranca e a porta se abriu.
O Lobo, vendo que ela tinha entrado, escondeu-se na cama, debaixo da coberta, e falou:
– Ponha a torta e o potezinho de manteiga sobre a caixa de pão e venha se deitar comigo.
Chapeuzinho Vermelho tirou o vestido e foi para a cama, ficando espantada de ver como sua avó estava diferente ao natural. Disse para ela:
– Minha avó, como você tem braços grandes!
– É pra te abraçar melhor, minha filha.
– Minha avó, como você tem pernas grandes!
– É pra correr melhor, minha menina.
– Minha avó, como você tem orelhas grandes!
– É pra escutar melhor, minha menina.
– Minha avó, como você tem olhos grandes!
– É pra ver melhor minha menina.
– Minha avó, como você tem dentes grandes!
– É pra te comer.
E dizendo estas palavras, o Lobo saltou pra cima de Chapeuzinho Vermelho e a devorou.

MORAL

Vimos que os jovens,
Principalmente as moças,
Lindas, elegantes e educadas,
Fazem muito mal em escutar
Qualquer tipo de gente,
Assim, não será de estranhar
Que, por isso, o lobo as devore.
Eu digo o lobo porque todos os lobos
Não são do mesmo tipo.
Existe um que é manhoso
Macio, sem fel, sem furor.
Fazendo-se de íntimo, gentil e adulador,
Persegue as jovens moças
Até em suas casas e seus aposentos.
Atenção, porém!
As que não sabem
Que esses lobos melosos
De todos eles são os mais perigosos.


Cinderela; ou A Pequena Sandália de Cristal

por Charles Perrault


Havia um cavalheiro que se casou, pela segunda vez, com a mulher mais orgulhosa e arrogante já vista. Ela tinha, de seu marido anterior, duas filhas que eram, de fato, exatamente como ela em tudo. Ele também tinha, de sua outra esposa, uma jovem filha, mas de uma bondade e doçura de temperamento sem paralelo, que ela havia herdado de sua mãe que fora a melhor criatura do mundo.
Nem bem terminaram as cerimônias do casamento e a madrasta começou a mostrar sua verdadeira face. Ela não conseguia suportar as qualidades desta bela garota, até porque elas faziam suas próprias filhas parecerem ainda mais odiosas. Ela a colocou nos piores trabalhos da casa. Ela lavava as louças, mesas, etc., e limpava os quartos da madame e de suas donzelas, as filhas dela. Ela dormia em um triste sótão, em uma miserável cama de palha, enquanto suas irmãs dormiam em bons quartos, com um piso todo ornado, em camas que estavam na última moda, e onde elas tinham espelhos tão grandes que podiam se ver inteiras, da cabeça aos pés.
A pobre menina suportava tudo pacientemente, e não ousava dizer a seu pai, que a teria censurado já que sua esposa o dominava completamente. Quando terminava seu trabalho, ela costumava ir para o canto da chaminé e sentar-se junto às cinzas. Por isso a chamavam de rameira das cinzas. Só sua irmã mais jovem, que não era tão rude e incivilizada como a mais velha, a chamava de Cinderela, que quer dizer garota das cinzas. Entretanto, a Cinderela, não obstante suas vestes grosseiras, era cem vezes mais bonita que suas irmãs, mesmo elas sempre estando ricamente vestidas.
Aconteceu que o filho do rei ofereceu um baile, e convidou todas as pessoas de estilo a irem. Nossas jovens donzelas também foram convidadas porque formavam uma grande figura entre os de qualidade. Elas estavam deliciadas com este convite, e maravilhosamente ocupadas escolhendo os vestidos, anáguas e penteados que melhor cairiam nelas. Isto era mais uma dificuldade para a Cinderela; é que era ela quem passava o linho de suas irmãs e dobrava suas pregas. Elas só falavam, o dia todo, de como deveriam se vestir.
"De minha parte", disse a mais velha, "vou usar meu conjunto de veludo vermelho com enfeites franceses".
"E eu", disse a mais nova "devo usar meu saiote; mas então, para compensar, vou pôr minha capa com flores de ouro, e meu cinto com diamantes, que está longe de ser o mais comum do mundo."
Elas mandaram chamar o melhor cabeleireiro que conseguiram para fazer seus penteados e enfeites, e elas usaram suas escovas vermelhas da Madame de la Poche.
Elas também consultaram a Cinderela sobre todas estas questões já que ela tinha excelentes idéias , e seus conselhos eram sempre bons. De fato, ela até ofereceu seus serviços para consertar seus cabelos, o que elas aceitaram com prazer. Enquanto ela estava ajudando elas disseram para ela "Cinderela, você não gostaria de ir ao baile?"
"Ah!" ela disse, "vocês só estão zombando de mim; até parece que eu iria a um lugar como este."
"Você está muito certa", elas responderam. "Todos iriam rir de ver uma rameira das cinzas em um baile".
Qualquer um teria deixado seus cabelos tortos, um menos a Cinderella, ela era muito boa e os arrumou perfeitamente bem. Elas estavam tão excitadas que não tinham comido nada por quase dois dias. Então elas arrebentaram mais de uma dúzia de espartilhos tentando apertar firme o suficiente para lhes dar uma bela forma esbelta. Elas estavam continuamente em frente a seus espelhos. Finalmente o dia feliz chegou. Elas foram para a corte e a Cinderela as seguiu com seus olhos o quanto pôde. Quando ela as perdeu de vista começou a chorar.
Sua madrinha, que a viu em prantos, perguntou qual era o problema.
"Eu queria tanto. Eu queria tanto". Ela não era capaz de dizer o resto porque era interrompida por suas lágrimas e soluços.
Esta madrinha dela, que era uma fada, disse para ela, "Você gostaria de poder ir ao baile, não é verdade?"
"Sim", disse Cinderela, com um grande suspiro.
"Bem", disse sua madrasta, "apenas seja uma boa garota, e eu vou arrumar um jeito para você ir". Então ela a levou para seu quarto e disse a ela "Corra para o jardim e me traga uma abóbora."
Cinderela foi imediatamente buscar a melhor que pôde encontrar e a trouxe para sua madrinha, mesmo sem ser capaz de imaginar como esta abóbora poderia ajudá-la a ir ao baile. Sua madrinha jogou fora todo o conteúdo, não deixando nada além da casca. Tendo feito isto, ela bateu na abóbora com sua varinha e ela se transformou instantaneamente em uma boa carruagem, toda ornada em ouro.
Ela então foi olhar em sua ratoeira, onde ela encontrou seis ratinhos, todo vivos, e ordenou que a Cinderela levantasse um pouco a porta da ratoeira. Ela deu para cada ratinho, conforme saíam, uma batidinha com sua varinha e os ratinhos iam se transformando na hora em belos cavalos, que juntos compunham um conjunto de seis cavalos salpicados de lindas pintas cinzas da cor dos ratinhos.
Só está faltando o cocheiro, disse a Cinderela, "Eu vou ver se não há um ratinho na ratoeira que possa ser transformado em um cocheiro."
"Isso mesmo", disse a madrinha, "Vá dar uma olhada".
A Cinderela trouxe a ratoeira para ela, e dentro havia três grandes ratos. A fada escolheu o que tinha a maior barba e o tocou com a varinha, transformando-o em um cocheiro gordo e feliz, que tinha os bigodes mais elegante jamais vistos.
Depois disso, ela lhe disse, "Vá novamente ao jardim, e você encontrará seis lagartos atrás do regador. Traga-os para mim."
Nem bem ela os tinha trago e a madrinha os tornou em seis criados, que saltaram imediatamente para trás do cocheiro, com suas fardas enfeitadas com ouro e prata, e juntaram-se tão próximos uns aos outros que era como se eles nunca tivessem feito outra coisa em suas vidas. A fada então disse para a Cinderela, "Bem, temos aqui um tudo o que você precisa para ir ao baile; você não está feliz com isso?"
"Ah, sim" ela disse; "mas eu tenho que ir com estes trapos nojentos?"
Sua madrinha então a tocou com sua varinha e, no mesmo instante, suas roupas se tornaram de ouro e prata, decoradas com suas jóias. Isto feito, ela entregou a ela um par de sandálias, as mais bonitas de todo o mundo. Estando toda elegante, ela subiu na carruagem; mas sua madrinha, acima de tudo, ordenou que ela não demorasse além da meia noite, dizendo a ela, ao mesmo tempo, que se ela ficasse um momento a mais, a carruagem voltaria a ser uma abóbora, seu cavalos, ratos, seu cocheiro um rato, seus criados lagartos, e aquelas suas roupas voltariam a ser como eram.
Ela prometeu a sua madrinha sair do baile antes da meia noite; e então saiu. Ela mal podia se conter de tanta alegria. O filho do rei, que tinha sido avisado de que uma grande princesa, que ninguém conhecia, tinha chegado, correu para recebê-la. Ele deu a ela sua mão para que desembarcasse da carruagem e a levou para o foyer, em meio a todos os convidados. Houve imediatamente um profundo silêncio. Todos pararam de dançar. Os violinos cessaram de tocar. Todos estavam deslumbrados com a singular beleza da recém chegada.
Não se escutava nada além de um cochichos confusos de, "Como ela é linda! Como ela é linda!"
O próprio rei, velho como era, não conseguia parar de olhar para ela, e disse à rainha docemente que fazia muito tempo que ele não via uma criatura tão bonita e amável.
Todas as senhoras estavam ocupadas estudando suas roupas e penteados, com a esperança de que fazer para si no dia seguinte outros com o mesmo padrão, se conseguissem encontrar materiais tão finos e mão tão habilidosas.
O filho do rei deixou para ela o mais honroso dos assentos, e depois a retirou para dançar com ele. Ela dançou tão graciosamente que eles a admiravam mais e mais. Um belo jantar foi servido, mas o jovem príncipe não comeu nem um bocado de tanto que estava ocupado fitando ela.
Ela foi se sentar com suas irmãs, demonstrando mil e uma cortesias, dando parte das laranjas e mixiricas com as quais o príncipe a havia presenteado, o que as surpreendeu muito, porque não a reconheceram. Enquanto a Cinderela estava assim entretendo suas irmãs, ela ouviu o relógio bater onze e quarenta e cinco, pelo que ela imediatamente fez uma cortesia a sua companhia e apressou-se a sair tão rápido quanto pôde.
Chegando em casa ela correu para procurar sua madrinha e, após a ter agradecido, ela disse que não podia evitar pedir, de todo coração, que pudesse ir novamente ao baile no dia seguinte, porque o filho do rei a havia convidado.
Enquanto ela estava contando avidamente a sua madrinha tudo o que tinha acontecido no baile, suas duas irmãs bateram na porta. Cinderela correu e abriu.
"Vocês ficaram tanto tempo!" ela disse, bocejando, roçando seus olhos e se esticando como se estivesse dormindo; ela não tinha, entretanto, tido qualquer intenção de dormir enquanto elas estiveram fora de casa.
"Se você tivesse estado no baile", disse uma de suas irmãs, "você não teria se cansado dele. A mais fina princesa estava lá, a mais bonita em que qualquer mortal já pôs os olhos. Ela nos fez mil e uma cortesias e nos deu laranjas e mixiricas."
A Cinderela parecia muito indiferente sobre isso. De fato, ela perguntou a elas o nome da princesa; mas elas disseram que não sabiam, e que o filho do rei estava muito intrigado com ela e daria tudo no mundo para saber quem ela era. Com isto a Cinderela respondeu sorrindo, "Ela deve, então, ser mesmo muito bonita; como vocês tiveram sorte! Será que eu poderia vê-la? Ah, querida Charlotte, me empresta aquele seu vestido amarelo que você usa todos os dias."
"Sim, é claro!" disse Charlotte; "emprestar minhas roupas para uma rameira das cinzas como você! Só se eu fosse muito tola."
A Cinderela, de fato, bem que esperava uma resposta assim, e estava feliz com a recusa; porque ela o vestiria com tristeza se sua irmã tivesse emprestado o que ela tinha pedido de brincadeira.
No dia seguinte as duas irmãs estavam no baile, bem como a Cinderela, mas vestida de uma forma ainda mais magnífica que antes. O filho do rei estava sempre do lado dela, e seus elogios e palavras doces a ela nunca cessavam. Tudo isto era tudo, menos cansativo, para ela e, de fato, ela até se esqueceu daquilo que sua madrinha havia dito. Ela pensava que não passava das onze quando ela contou o relógio bater doze. Ela saltou e fugiu, ágil como uma gazela. O príncipe a seguiu, mas não conseguiu alcançá-la. Ela deixou uma de suas sandálias de cristal, que o príncipe pegou com o maior dos cuidados. Ela chegou em casa, mas sem fôlego e em suas roupas sujas, não tendo nada mais de seus adornos senão uma de suas sandálias, o par daquela que ela havia deixado cair.
Os guardas no portão do palácio foram perguntados se não viram uma princesa sair. Eles responderam que não haviam visto ninguém a não ser uma jovem, muito esfarrapada, e que tinha mais a aparência de uma pobre camponesa do que de uma nobre.
Quando as duas irmãs voltaram do baile a Cinderela perguntou a elas se elas tinham se divertido, e se a bela dama havia estado lá.
Disseram que sim, mas que ela fugiu imediatamente quando bateu meia-noite, e com tanta pressa que deixou cair uma de suas pequenas sandálias de cristal, a mais bonita de todo o mundo, que o filho do rei pegou; que ele não fez nada além de olhar para ela durante todo o baile, e que certamente ele estava muito apaixonado pela bela pessoa que era dona da sandália de cristal.
O que elas disseram era verdade; porque alguns dias depois o filho do rei fez que se proclamasse, com o som de trombetas, que ele se casaria com aquela cujo pé servisse perfeitamente àquela sandália. Eles começaram a experimentar com as princesas, então as duquesas e toda a côrte, mas em vão; a sandália foi trazida às duas irmãs, que fizeram tudo o que puderam para forçar seus pés a entrar na sandália, mas não conseguiram.
A Cinderela, que viu tudo isto, e sabia que era sua sandália, disse a elas, rindo, "Deixe-me ver se não me serve".
Suas irmãs caíram na gargalhada e começaram a zombar dela. O nobre que fôra enviado para experimentar a sandália olhou a sério para a Cinderela e, achando-a muito simpática, disse que não era senão justo que ela também tentasse, e que ele tinha ordens para deixar que todas experimentassem.
Ele fez com que a Cinderela se sentasse e, colocando a sandália em seu pé, descobriu que calçava muito facilmente, servindo nela como se tivesse sido feita de cera. Suas duas irmãs ficaram atônita, mas o ficaram ainda mais quando a Cinderela tirou de seu bolso a outra sandália, e pôs no outro pé. Então entrou sua madrinha e tocou com sua varinha as roupas da Cinderela, tornando-as mais ricas e magníficas do que aquelas que ela tinha vestido antes.
E agora suas duas irmãs descobriram ser ela aquela fina e bela dama que elas tinham visto no baile. Elas se atiraram a seus pés implorando seu perdão por todo o mau tratamento que tinham imposto sobre ela. Cinderela as levantou e, abraçando-as, disse que as perdoava de todo o coração, e que queria que sempre a amassem.
Ela foi levada ao jovem príncipe, vestida como estava. Ele a achou ainda mais encantadora do que antes e, alguns dias depois, casou-se com ela. A Cinderela, que era tão boa quanto bonita, deu a suas duas irmãs apartamentos no palácio, e naquele mesmo dia as apresentou a dois grandes senhores da corte.
Moral: A beleza de uma mulher é um tesouro raro que sempre será admirado. A graciosidade, entretanto, não tem preço e é de valor ainda maior. É isto que a madrinha da Cinderela deu a ela quando a ensinou que deveria se comportar como uma rainha. Jovens mulheres, para ganhar o coração é mais importante a graciosidade do que um penteado bonito. É um verdadeiro presente das fadas. Sem isso nada é possível; com isso pode-se qualquer coisa.
Outra moral: Sem dúvida é uma grande vantagem ter inteligência, coragem, boas maneiras e bom senso. Estes e talentos similares vêem apenas dos céus, e é bom tê-los. Entretanto, mesmo estes podem falhar em lhe trazer sucesso sem a bênção de uma madrinha ou padrinho.


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