quarta-feira, 25 de março de 2009

Premiação a quem caiu gera polêmica


Bruno Saia
Clipping Educacionaldo Agora
Reunião deve tirar as dúvidas do pagamento
A Secretaria de Estado da Educação marcou uma reunião nos dias 27 e 30 com representantes das diretorias de ensino do Estado para esclarecer o pagamento do bônus. A reunião será no largo do Arouche, 302, 16º andar, (região central), das 8h30 às 17h30. Os representantes serão divididos por cidades.
A intenção do governo é orientar os representantes das diretorias, que vão passar as informações para os professores de suas cidades. Para o Apeoesp (sindicato dos professores), a secretaria não havia dado explicações suficientes sobre o bônus.

Licença-prêmio será descontada da bonificação dos professores
Os servidores da Educação que tiraram licença-prêmio em 2008 terão esse período descontado do bônus, que será pago no dia 31. Os servidores que atuam há mais de cinco anos no Estado têm direito a uma licença de até três meses. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, esse período, como não foi trabalhado pelo servidor, não será considerado.
Segundo a pasta, só os períodos trabalhados, que ajudaram a escola a evoluir no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação no Estado de São Paulo), serão considerados. A licença representa 45% de um ano letivo de 200 dias. Dessa forma, esse pode ser o desconto máximo de quem tirou licença em 2008, caso as regras para o desconto de faltas no benefício não mudem.
Outra dúvida comum é sobre a situação de quem trabalhou em várias escolas durante o ano passado. A resposta da secretaria é que todas as horas trabalhadas serão levadas em consideração no cálculo do bônus.
Para o professor que tem a posse do cargo em uma cidade do Estado e leciona em outra, o bônus será referente ao resultado do Idesp da escola em que ele efetivamente atua. No caso dos professores que dão aulas nos centros de ensino estaduais da secretaria, que não têm os seus nomes relacionados na lista do Idesp, eles terão o bônus calculado com base na média da diretoria de ensino da região.
Além disso, os professores temporários vão receber o benefício, mas os que trabalham como professores eventuais não vão receber o bônus. Segundo a Educação, o motivo é o fato de os funcionários não pertencerem ao quadro de funcionários do Estado. Para calcular o bônus, o professor deve levar em consideração quanto a sua escola melhorou em relação à meta do Idesp e também as suas faltas em 2008.

Premiação a quem caiu gera polêmica
O pagamento do bônus da Educação aos servidores das escolas que caíram na avaliação é polêmico. Para o pesquisador do Ibmec SP e da USP Naércio Menezes Filho, a Secretaria de Estado da Educação deveria dar o bônus apenas aos servidores das instituições que avançaram, pois "há espaço para todas as escolas melhorarem".
Já o presidente da Udemo (sindicato dos diretores das escolas estaduais), Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto, afirma ser "um absurdo" não fazer o pagamento às escolas que tiveram um desempenho abaixo da meta, pois essas unidades que caíram "já estavam em um patamar muito alto".
Docente há 30 anos da melhor escola da capital de 5ª a 8ª, Sonia Maria Fernandes Nunes da Silva, 62, afirmou ter ficado "revoltada" ao saber que não receberia o bônus. "Estamos em uma escola considerada de excelência e não vamos receber um centavo. Nós estamos sem motivação para trabalhar."
fonte:http://www.agora.uol.com.br/
Extraído do blog

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