terça-feira, 14 de abril de 2009

Ilha de Páscoa (Rapa Nui)


Você chega a Rapa Nui de avião, a partir de Santiago, no Chile. É fácil encontrar bons hotéis - e dizem que o povo é muito simpático! Entre janeiro e fevereiro, os nativos celebram o "Tapati", um festival em homenagem à cultura polinésia. Se você puder, não deixe de fazer essa viagem!

A Ilha
A Ilha da Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, é o lugar habitado mais isolado e misterioso do mundo - e também um dos sítios arqueológicos mais impressionantes. É lá que estão os "moais", gigantescas estátuas de pedra, algumas com até dez metros de altura e mais de 40 toneladas! São cerca de 1.000, espalhadas por todo o local.
Só recentemente os cientistas explicaram quem era o povo que, há tanto tempo atrás, construiu e transportou as estátuas maciças - às vezes por mais de 30km (lembre-se, não havia camiões nem guindastes naquele tempo!). Até hoje, há quem ache que os moais foram feitos por atlantis (habitantes da lendária cidade de Atlântida) ou extra-terrestres!

Os Primeiros Habitantes
Rapa Nui foi formada por uma série de erupções vulcânicas. Durante muito tempo, seus únicos habitantes foram os pássaros e os insetos. Mas, por volta do século 400, lá chegaram grupos de pessoas vindas da Polinésia, ilhas do Pacífico Sul.
Foi na praia de Anakena, diz a lenda, que começou a colonização da ilha. Escavações feitas por arqueólogos descobriram que esse era um lugar importante. É lá que está um dos mais belos grupos de moais, o "Ahu Naunau". O solo vulcânico e a vegetação rica da ilha deram bom alimento a esse povo. Calcula-se que a população da ilha chegou a 7.000 pessoas!
Entre 1000 e 1600, os habitantes da ilha estiveram envolvidos em construir mais e mais gigantes de pedra. Mas, entre o século XVIII e XIX, todas as estátuas foram derrubadas e depredadas por eles próprios!

Os Misteriosos Moais
Ninguém sabe por que os habitantes se juntaram e viveram para construir tantas e tão grandes estátuas de pedra, feitas da cratera do Rano Raraku. A pedra vulcânica era fácil de escavar e esculpir. Mas, se uma estátua apresentava um defeito durante sua criação, o povo simplesmente a abandonava e começava tudo de novo, em outra parte da cratera.
Quando cada estátua ficava pronta, era tirada da cratera, decoradoa e preparadas para seguir viagem para seu lugar definitivo, um "ahu". Os "ahu" eram plataformas cerimoniais (todo o processo de criação e colocação dos moais era cercado de cerimônias religiosas) construídas para receber os moais. Até hoje, ninguém sabe por que esse povo se dedicou tanto a uma tarefa tão difícil. Para que serviam os moais? Por que quase todos ficam voltados para o mar? Por que eles tinham aquela forma? Por que eram necessárias tantas estátuas, e o que diziam as inscrições feitas em suas costas e peito?
Simulações feitas tempo em computador e, depois, testadas na própria ilha, explicam como as estátuas eram transportadas: era preciso que cerca de 70 homens se juntassem, deitando o moai e fazendo-o rolar troncos de palmeira colocados perpendicularmente (como os dormentes do trilho de um trem).

A Vingança da Natureza
Cada ahu pertencia a um grupo diferente, e todos competiam para ver quem fazia o melhor e mais alto moai. Ao longo do tempo, o povo foi exterminando as florestas. A vegetação sumiu. A terra começou a erodir, ou seja, a ser castigada e levada pelo mar, pelas águas e pelo vento. Ficou difícil conseguir comida e água.
Com raiva, os próprios habitantes começaram a destruir as estátuas. Tiraram seus olhos, arrancaram suas cabeças. Derrubaram todas as estátuas com a face para baixo (as que estão de pé, hoje, foram levantadas de novo pelos arqueólogos!). Como não havia mais madeira para construir barcos e fugir da ilha, agora completamente árida, só restou ao povo esperar pelo fim...
Cultura DestruídaMais tarde, colonizadores chegaram à ilha, trazendo ainda mais desgraças. Missionários vieram catequisar os nativos e infestaram-nos com doenças. Alguns dizem que esses religiosos causaram mais danos do que qualquer outro grupo. Mais, até, do que os comerciantes peruanos, que capturaram quase toda a população da ilha para vendê-la como escravos!
No final do século XIX, a população de nativos havia sido reduzida a 111 pessoas!
As pessoas que escaparam, escondendo-se nas várias cavernas de Rapa Nui, foram salvas pelos missionários que, então, começaram a destruir as esculturas e objetos religiosos que a população local havia feito - afinal, eram esculturas de deuses bárbaros, nada cristãs... Dentre o que foi destruído, estavam as tabuletas Rongo-Rongo, que registravam o idioma dos Rapa Nui, que foi então perdido para sempre. Este era o único idioma escrito de toda a Oceania...
Depois que foi anexada pelo Chile, a população voltou a crescer. Mas, até hoje, é muito mais ligada à cultura da Polinésia do que à chilena.

Páscoa Fichada

País a que pertence: a ilha foi anexada pelo Chile, república na costa Oeste da América do Sul, em 1888.
Localização: Oceano Pacífico, a mais ou menos 3.400 km da costa do Chile, e a 3.700 km do Tahiti - ou seja, longe de tudo!Ilha de origem vulcânica, de formato triangular, Rapa Nui tem cerca de 70 vulcões, mas nenhum entrou em atividade desde que a ilha foi colonizada, há 1.300 anos atrás. O vulcão mais largo, Rano Kau, é visível do espaço! O mais alto é o Terevaka.
A ilha tem uma praia de areia branca, Anakena, mas a maior parte de sua costa é composta de pedra negra e penhascos de centenas de metros de altura.A ilha foi chamada "de Páscoa" pelo almirante Roggeveen, que chegou à ilha num dia de Páscoa, em 1722.
Fonte: Mingau digital

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