domingo, 3 de janeiro de 2010

Sobre leitura...

Se pensarmos que a criança aprende só quando é submetida a um ensino sistemático,

e que a sua ignorância está garantida até que receba tal tipo de ensino,

nada poderemos enxergar. Mas se pensarmos que as crianças são seres que

ignoram que devem pedir permissão para começar a aprender,

talvez comecemos a aceitar que podem saber,

embora não tenha sido dada a elas a autorização institucional para tanto.

Emilia Ferreiro

O direito à saúde significa, entre outras coisas, o direito de todo indivíduo a uma atenção médica atualizada, de acordo com os avanços científicos e técnicos dessa área profissional.

O direito à alfabetização não pode significar menos do que isso.

Emilia Ferreiro

Na verdade os únicos livros que devem ser lidos para as crianças ou que elas devem ler

são aqueles que realmente despertam interesse, que contêm rimas e histórias

fascinantes, e não a prosa desinteressante e artificial a que muitas são obrigadas

a prestar atenção, como por exemplo, ler sobre um dia entediante na vida de

duas crianças fictícias ou então ler frases do tipo "Vovó viu a uva".1

Frank Smith

Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua.

Que consegue utilizar estratégias de leitura adequadas para abordá-los de forma a atender a essa necessidade.

Ler é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal. Fora da escola,

não se lê só para aprender a ler, não se lê de uma única forma, não se decodifica

palavra por palavra, não se responde a perguntas de verificação do entendimento

preenchendo fichas exaustivas, não se faz desenho sobre

o que mais gostou e raramente se lê em voz alta.

Para aprender a ler é preciso interagir com a diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que os já leitores fazem deles e participar de atos de leitura de fato; é preciso negociar o conhecimento que já se tem e o que é apresentado pelo texto, o que está atrás e diante dos olhos, recebendo incentivo e ajuda de leitores experientes.

Não devemos esperar que as crianças aprendam a ler

ao mesmo tempo ou no mesmo ritmo, ou com os mesmos materiais,

pela simples razão de que crianças são indivíduos.

Esta individualidade pode ser um inconveniente

do ponto de vista administrativo, mas é um aspecto que a

educação deve desenvolver ao invés de erradicar.

As crianças que não conseguem entender certos materiais

ou atividades com os quais devem aprender a ler na escola

não têm um problema de leitura; o problema é da escola.

Frank Smith

Um comentário:

Vânia disse...

adoro as postagensss
bjs mil