sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Contos de mistérios



A Mula-Sem-Cabeça
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta. Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.
Nas noites em que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula, deve-se deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado.
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula- Sem-Cabeça, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga, para sempre.
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O Lobisomem
Diz a lenda que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até uma encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, sete partes da região, sete pátios de igreja, sete vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes de o Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.
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O ATAQUE DO LOBISOMEM
É noite de quinta para sexta-feira. Uma chuva fina cai sobre a cidade deserta e um vento forte sopra sobre suas ruas. Um homem caminha depressa pelas ruas mal-iluminadas. Ao ouvir um estranho ruído, apressa ainda mais o passo. Porém, sente que está sendo observado.
Completamente apavorado, começa a correr. Na esquina , vê um vulto escuro. Sentindo que está prestes a se tornar sua vítima, grita por socorro. Mas de nada adianta.
Desesperado, cai de joelhos ao chão e com os olhos cheios de lágrima vê a criatura atacar.
Com uma dentada no pescoço, o Lobisomem suga seu sangue. Seu corpo fica inerte no chão.
Meio bicho, meio gente, a besta sai em disparada para atacar outras possíveis vítimas.
Quando o galo começa a cantar, o Lobisomem retoma a sua condição anterior: volta a ser homem, cansado e com os cotovelos cobertos de sangue.
Isolado, fica aguardando a próxima oportunidade em que voltará a atacar suas vítimas.
Lendas e Mitos do Folclore Brasileiro

O Papa Figo
O Papa Figo, ao contrário dos outros mitos, não tem aparência extraordinária. Parece mais com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um velho esquisito que carrega um grande saco às costas.
Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes em busca de suas vítimas. Os ajudantes, por sua vez, usam de todos os artifícios para atrair as vítimas - todas crianças claro -, tais como; distribuir presentes, doces, dinheiro, brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer lugar público ou em portas de escolas, parques, ou mesmo locais desertos.
Depois de atrair as vítimas, estas são levadas para o verdadeiro Papa-Figo, um sujeito estranho, que sofre de uma doença rara e sem cura. Um sintoma dessa doença seria o crescimento anormal de suas orelhas.
Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrível doença ou maldição, o Papa-Figo, precisa se alimentar do fígado de uma criança. Feita a extração do fígado, eles costumam deixar junto com a vítima, uma grande quantia em dinheiro, que é para o enterro e também para compensar a família.
Origem: Mito muito comum em todo meio rural. Acredita-se que a intenção do conto era para alertar as crianças para o contato com estranhos, como no conto de Chapeuzinho Vermelho.
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Mulher da Meia Noite
A Mulher da Meia Noite, também Dama de Vermelho, Dama de Branco, é um mito universal. Ocorre nas Américas e em toda Europa.
É uma aparição na forma de uma bela mulher, normalmente vestida de vermelho, mas pode ser também de branco. Alguns dizem, que é uma alma penada que não sabe que já morreu , outros afirmam que é o fantasma de uma jovem assassinada que ,desde então, vaga sem rumo.
Na verdade, ela não aparece à meia-noite, e sim, desaparece nessa hora. Linda como é, parece uma jovem normal. Gosta de se aproximar de homens solitários nas mesas de bar. Senta com ele, e logo o convida para que a leve para casa. Encantado com tamanha beleza, todos topam na hora. Eles caminham, e conversando logo chegam ao destino. Parando ao lado de um muro alto, ela então diz ao acompanhante: "É aqui que eu moro...". É nesse momento que a pessoa se dá conta que está ao lado de um cemitério, e antes que possa dizer alguma coisa, ela desaparece e, nessa hora, o sino da igreja anuncia que é meia noite.
Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo carona. Então pede ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez, a pessoa só percebe que está diante do cemitério, quando ela com sua voz suave e encantadora diz: "É aqui que eu moro, não quer entrar comigo...?".
Gelado da cabeça aos pés, a única coisa que a pessoa vê é que ela acabou de sumir diante dos seus olhos, à meia-noite em ponto.
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Chupa Cabra
Nos estados de São Paulo, Paraná e no Sul de Minas, pequenos animais têm sido atacados e aparecem estranhamente sem sangue e com órgãos extirpados.
É um Alien, um vampiro, um lobisomem, um novo ser ou simplesmente mais uma lenda a assolar o planeta? A resposta ainda é tão confusa quanto a história, mas alguma coisa acontece no interior dos Estados de São Paulo e Paraná e no Sul de Minas Gerais.
Uma coisa estranha, misteriosa e ainda sem uma explicação lógica está matando animais de pequeno porte de maneira nada convencional. Cabras, ovelhas, galinhas, bezerros têm amanhecido mortos, sem sangue, sem os órgãos principais, estranhamente retirados por pequenos orifícios e, muitas vezes, mutilados, sem orelhas, patas e focinhos.
Ela ataca geralmente à noite, deixa poucos rastros, domina as vítimas sem vestígios de luta e não faz o menor barulho. No caso das ovelhas e cabritas, prefere as prenhas. Até agora, ninguém testemunhou um ataque, mas o número de casos tem aumentado e a coisa está ganhando notoriedade, em páginas de jornal, revistas, televisão e até em sites da Internet.
A opinião da população está dividida, duplicando a confusão em torno da origem da criatura. Em primeiro lugar, na busca pela verdade, deve-se dizer que o fenômeno é mundial, com fortes características terceiro-mundistas, e chegou ao Brasil recentemente.
Já há alguns casos de ataques a seres humanos registrados, no Estado de Minas Gerais, mas sempre sem vítimas fatais. Sua característica principal é drenar o sangue da vítima. A "criatura"
recebe o nome de Chupa-cabras. Primeiro, porque a característica principal dela, segundo ufólogos interessados no assunto, é drenar totalmente o sangue dos animais abatidos. Segundo, por ter surgido pela primeira vez em Porto Rico, na América Central, lugar de grande concentração de criação de cabras. Os ataques dos Chupa-cabras também são relatados em outros países, como Estados Unidos, México e na região do Caribe, na Espanha, Portugal, Índia e, mais recentemente, na Turquia.
Aos olhos da Ufologia, apenas cerca de 2,5% de todos os casos apresentados pode ser considerado verdadeiro ou no mínimo inexplicável (Contudo, podendo ser esclarecido com o tempo).
Muitas vezes, trata-se de ataques feitos por cães, onças, suçuaranas, lobos ou raposas, mas devido ao medo, boatos e exageros, somados à falta de veterinários e biólogos nos locais dos supostos ataques, aumentam, cada vez mais, a crença no Chupa-cabras.
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Vampiros
Lendas sobre a existência de terríveis criaturas chupadoras de sangue já são mencionadas nas antigas literaturas egípcia e grega. A crença nestes seres deve ter nascido devido à percepção de que os moribundos enfraquecem com a perda de sangue.
Assim, pessoas de pouca cultura devem ter concluído que beber sangue restaurava as forças ou, até mesmo, que o sangue dos vivos podia ressuscitar os mortos. Mas, a principal fonte para compor o mito sobre vampiros foi a crendice profundamente enraizada da Romênia rural.
Segundo a religião ali dominante, a da Igreja Ortodoxa Oriental, as pessoas que morriam excomungadas ou sob maldição eram transformadas em mortos-vivos até serem absolvidas pela
Igreja. Diziam ,ainda, as lendas romenas que certas pessoas, como as crianças ilegítimas ou as não batizadas, as bruxas e o sétimo filho de um sétimo filho, estavam condenadas a serem vampiros.
Também acreditavam na existência de pássaros demoníacos, conhecidos como Strigoi, que só voavam de noite, ávidos por carne e sangue humanos. Além de trazer a morte para a vítima atacada, os vampiros também eram considerados os causadores da peste, sendo desta maneira extremamente odiados e temidos. Acreditava-se , também, que vampiros odiavam alho; assim os aldeões esfregavam o tempero em todas as portas e janelas para se proteger de possíveis ataques noturnos dos bebedores de sangue. Em algumas aldeias, quem se recusa a comer alho torna-se suspeito de vampirismo, especialmente estranhos recém-chegados.
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